BLOG

Igrejas que pregam fim do isolamento social são sucursais do bolsonarismo

A carreata organizada por lideranças evangélicas pregando o fim do isolamento social, busca retomar o protagonismo do fanatismo religioso já anunciado pela ministra da Família, Damares Alves: “É o momento de a Igreja ocupar a nação”, 

E é mesmo porque este fanatismo é um dos pilares do bolsonarismo.  Agressividade e ódio a quem pensa diferente são elementos deste caldeirão e estão nas páginas bolsonaristas. O chefe supremo da seita, Jair Bolsonaro, prescreve um medicamento para a cura do coronavírus; os fanáticos religiosos são irrigados pelo Gabinete do Ódio com teorias da conspiração e dúvidas em torno dos números dos mortos por covid-19; há pastor vendendo feijão mágico na pandemia e um grande mercado de indulgências, por enquanto reprimido porque os templos estão fechados.

E o espaço é apropriado: com a destruição da credibilidade do Ministério da Saúde, agora obrigado a omitir dados sobre o avanço da pandemia no país e atrasar a divulgação de boletins sobre a doença para que estas informações não sejam publicadas nos telejornais noturnos, os líderes deste fanatismo religioso aproveitam para sugerirem gestos de insensatez.

Com o fim do isolamento social, estes pastores dão eco à naturalização dos mortos. Sem Ministério da Saúde e a tática da repetição nazista de descrédito sobre o que a ciência diz sobre o coronavírus, estes líderes de rebanhos buscam lotar suas igrejas de gente desesperada.

O fanatismo religioso, a fé irraciocinada, não tem limites.

SOBRE O AUTOR

..