Humanidade está em zona de risco, diz conferencista em Maceió

Na conferência de abertura do III Congresso Internacional sobre Práticas de Aprendizagem Integradoras e Inovadoras (CIPAII), a palestrante, professora doutora Maria Cândida Moraes, do Centro de Estudos e Pesquisas Edgar Morin, afirmou que “precisamos impedir que o mundo se desfaça”, pois a “humanidade já está em zona de risco” .

As causas, apesar de anunciadas e por isso mesmo conhecidas mas não sanadas, além de problemas climáticos, migratórios, riscos de pandemias e guerras, apontam para a necessidade premente de algo que Edgar Morin chamava de “pacto ético”.

Segundo Cândida, os sofrimentos gerados por estes fenômenos são desnecessários à comunidade planetária, desencadeiam períodos de policrises e nos transformam; por vivenciarmos estas histórias estamos em um ponto de mutação, enquanto humanidade.

Edgar Morin aponta para a capacidade criativa como apoio para uma mudança de via, e na fala da conferencista, não haverá mudança se continuarmos presos aos mesmos paradigmas que construíram o caos.

Neste ponto entra a educação como um parâmetro de amor, pautada em novos valores, com humanização e renovação da condição humana.

Esta perspectiva aponta para uma “nova configuração psíquica e emocional que define a maneira de viver e habitar esse mundo”, ressaltando uma educação pautada no “humanismo regenerado” inspirado em Morin.

De acordo com Maria Cândida, com os Sete Saberes elencados pelo teórico francês precisamos “resgatar a esperança no improvável”.

O congresso internacional seguirá até o dia 24 de maio, na capital alagoana.

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