Confesso que não tenho o vocabulário adequado para a linguagem dos folguedos. Muitas vezes me pego aprendendo a chamar os integrantes de grupos folclóricos, de brincantes.
Aprendo com quem tem para ensinar. Gente apaixonada por Coco de Rodas, Taieira, Guerreiro, Quadrilha e tantas belezas mais. Gente como a folclorista alagoana Fátima Brasileiro, a quem homenageio nesta Semana do Folclore.
Nem mesmo sua carga de desilusões e desencantos, nesta terra onde a cultura é sempre mal paga, consegue vergar seu talo! Vencedora de perseguições, de enfermidades e saudades, Fátima Brasileiro não cede seu apito ao desânimo, nem diminui o gosto pelos passos que dá.
De alma colorida e dançante, seu maior prazer é apresentar, botar seu grupo no palco e transmitir às gerações futuras o legado que herdou de outros mestres e mestras das Alagoas.
Que Deus te segure as mãos firmes, para que teus rodopios sejam sempre festivos; entre cores e brilhos, o sucesso te encontre e abrace teus grupos de folguedos, largamente amados.
Obrigado pela amizade fluida, por sorrir comigo e também me encontrar na hora do choro e da tristeza profunda.
Grata por conhecer tua proposta de alegria, tua festa entre as dificuldades e desafios das políticas incultas, tua perseverança e fé!
Mulher que ama, canta, dança e enfeita as cruezas da sociedade e
ntristecida desse tempo, que não te falte música, palmas e reconhecimento.
