O desempenho nas duas maiores prefeituras de Alagoas- Maceió e Arapiraca- somado ao baixo desempenho de Geraldo Alckmin nas pesquisas presidenciais são hoje os principais fatores que desanimam o PSDB de Alagoas a apresentar um candidato próprio ao Governo.
É consenso no partido e entre aliados do governador Renan Filho (MDB) que existe uma aliança informal entre os dois lados, facilitando a reeleição do atual chefe do executivo estadual.
Mas é consenso também que a demora do presidente do PSDB em Alagoas, Rui Palmeira, em definir a posição do partido, ajuda o governo Renan mas atrapalha a estratégia dos tucanos para que o partido sobreviva no estado.
O vereador Eduardo Canuto, por exemplo, se dispôs a concorrer ao Governo. Mas ele também teria de assumir a herança negativa do PSDB nas suas duas principais prefeituras: Canuto seria lançado em meio a uma greve dos servidores municipais na capital; no caso de Arapiraca, os problemas de Rogério até mesmo entre os aliados-querem ter mais força que o prefeito na hora das decisões- também são desgastes a serem levados em conta nas contas político-eleitorais.
Os problemas do PSDB local são tantos que nem uma das prioridades do partido- reeleger o deputado federal Pedro Vilela- passa mais pelas conversas tucanas.
Vendo este cenário, Rodrigo Cunha busca fazer uma campanha sem a presença do partido no palanque. Tenta se afastar de Rui, Rogério e do ex-governador Teotonio Vilela Filho. Existe um temor justificado que sua disputa ao Senado seja contaminada pelo atual momento da sigla no Estado, também refletido nacionalmente em torno do futuro político do senador Aécio Neves.
Para encerrar: o PSDB ainda não tem data para sua convenção local.
