Heloísa Helena diz que Governo Dilma segue tendência da era FHC

“Quem não é farsante, nem costuma trair seus ideais políticos, sabe que a presidente vem dando continuidade aos passos de Fernando Henrique, desde adoção da política econômica até a política da privataria”, declarou Heloísa, ontem, enquanto se preparava para dar uma palestra sobre “o SUS no Brasil e as Políticas Públicas para a Saúde no Nordeste”

Jamille Coelho-Folha de Pernambuco

Afastada do cenário político nacional desde as últimas eleições, a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL), que atualmente representa o partido em um dos assentos da Câmara de Vereadores de Maceió, em Alagoas, declarou que o Governo da Presidente Dilma Rousseff (PT) segue a mesma tendência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

“Quem não é farsante, nem costuma trair seus ideais políticos, sabe que a presidente vem dando continuidade aos passos de Fernando Henrique, desde adoção da política econômica até a política da privataria”, declarou Heloísa, ontem, enquanto se preparava para dar uma palestra sobre “o SUS no Brasil e as Políticas Públicas para a Saúde no Nordeste”.

Heloísa, com seu discurso de indignação, criticou as políticas adotadas pelo Governo Federal, que, segundo ela penaliza a população brasileira com cortes de investimentos no setor da saúde. “Temos a legislação de saúde mais avançada do planeta, que ficou mais conhecido como Sistema Único de Saúde (SUS). Mas o que vemos é o descaso com a saúde da população mais carente. Penso numa sociedade diferente. Não acredito que eu vá vivenciar o princípio socialista, mas não sou masoquista. Enquanto isso, temos que exigir ao menos que se cumpra a Lei”, criticou.

Segundo Heloísa, hoje, 94% da população usa, necessita e tem como alternativa única o atendimento no setor público. “Mas que sistema moderno e avançado é esse que espera uma mulher ter uma hemorragia pós parto, sangrar até morrer e ninguém faz nada?”, questiona a ex-senadora. A vereadora alagoana enfatizou ainda que “se o governo brasileiro faz questão de se inserir na globalização capitalista, sendo subserviente aos interesses mundiais, é preciso estar mais preparado para lidar com a saúde do seu País”. “Para amortizar dívidas, o Governo acaba comprometendo mais de 48% do dinheiro nacional. Não existe racionalidade técnica que alcance a aplicação desse tipo de política”, afirmou Heloísa.

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