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Heloísa Helena: da política ao serviço humanitário

A vereadora Heloísa Helena é uma ativista social incansável, mesmo que o físico venha a tombar, a motivação de lutar por uma sociedade menos infeliz é sempre presente em seu cotidiano.

Ao encontrá-la esta semana, no retorno de uma das ações anônimas e imprescindíveis que executa em benefício do próximo mais sofrido e da própria sociedade que o gera, pude ouvir seu desabafo pela ausência de politicas ampliadas na garantia de promoção, prevenção, e na ponta, recuperação dos indivíduos.

Falávamos da juventude que está sendo barbarizada e barbarizando, por sua vez. Vozes sem eco, vidas sem rumo.
A vereadora tem o pudor dos que trabalham além da obrigação, quando entregam a alma a quem nada pode devolver-lhe em troca, mas, haja vista a necessidade de discutir certos pontos nevrálgicos do sistema que nos rege, ouso abordar seus pequenos/grandes trabalhos com jovens que cometeram crimes e apodreceriam no ócio se não existissem olhos humanos voltados para elas.

Já sabemos que o Estado não dá conta! Nem presta conta devidamente…

Por tratar-se de “personas non grata” à sociedade, o abandono não é reclamado pelos cidadãos. Mas não podemos esquecer que existem aparatos estatais com a finalidade de garantir a esta parcela de nós mesmos, sociedade, o direito de recuperar o sentido da inserção social, tornando-se útil à si e aos demais membros do conjunto.

A vereadora promove por conta própria aula de violinos, rodas de leitura, bordados e outras artes manuais, em benefício das mentes que carregam traumas e culpas, na esperança de que quando venham a cumprir o tempo de reclusão e retornarem ao convívio, não tenham perdido de todo o senso de afetividade e humanidade.

Para você seria melhor jogá-las no lixo?

Se pensar assim, talvez também precise desenvolver alguma ação humanitária em benefício próprio, pois o mal desse tempo corrói os espaços onde o senso humanitário mirra, desencadeando inúmeras enfermidades.

O isolamento egóico nos torna coniventes com as mazelas sociais que afligem a maioria, e carregamos o duplo desafio de sermos partícipes e potencias vítimas de cenário atrozmente violento.

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