Ícone do site Repórter Nordeste

Há 15 anos, procurador questiona pagamentos de anuidades na OAB/Alagoas

Há 15 anos, o advogado e procurador de Estado, Márcio Guedes, denuncia o preço das anuidades e a forma como a verba é gasta pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB). Nas eleições à Presidência da OAB em 2006, pregou o voto nulo dos advogados até que a direção da ordem mostrasse quanto e como gastava o dinheiro.

“Advogado. Reaja. Vote nulo. Não sustente os sanguessugas da OAB. Deposite sua anuidade na poupança, e só volte a pagar quando a OAB mudar”. Dos mais de 5 mil advogados em Alagoas, cerca de 60% estão inadimplentes com a anuidade”, disse Guedes, em seu blog, o Reage Advogado.

O escândalo no pagamento das anuidades apareceu a duas semanas das eleições à Presidência da OAB alagoana. Uma gravação mostra uma suposta compra de votos, com as anuidades. Nela, aparecem o presidente da ordem, Omar Coêlho de Mello, e a candidata apoiada por ele, Rachel Cabús, à chefia da OAB.

Em 1997, o hoje ministro do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Eustáquio Martins, era candidato a presidente da OAB. E foi eleito sem o voto dos inadimplentes. Márcio Guedes foi à Justiça e conseguiu que todos votassem: pagadores e não pagadores da anuidade.

“Eu sempre fiz oposição ao atual grupo do Omar Coelho. Em 1997, quando me candidatei, defendi o voto dos inadimplentes e fui o primeiro a pregar o pagamento diferenciado da anuidade de jovens advogados”, disse o procurador.

“Capitaneados por uma OAB que conseguiu o feito inédito de ser condenada por violação de prerrogativa de advogado que culminou em danos morais, os advogados alagoanos não tem muito do que se sentir gratificado com sua ordem. Pagam uma anuidade maior de que muitos estados e não recebem em troca nem um cartão de feliz aniversário. É desamparado no fórum, nos tribunais, nas delegacias”, afirma Guedes.

Tudo sobre a crise na OAB de Alagoas

Sair da versão mobile