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Greve geral dos servidores em Maceió é início do fim melancólico da era Rui Palmeira

Rui Palmeira inaugura o Mirante do Murilópolis. Foto: Pei Fon/ Secom Maceió

O que se temia, aconteceu. A era Rui Palmeira deve registrar uma greve geral dos servidores a partir da próxima terça, repetindo o que aconteceu quando Teotonio Vilela Filho era governador em Alagoas.

Rui Palmeira tem uma carta conhecida na manga: pedir ao Tribunal de Justiça que decrete a ilegalidade da paralisação.

Uma situação que promete piorar se o Tribunal atuar como pacificador, nestas condições.

Os cofres da prefeitura registram queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM. Ainda dependemos bastante do dinheiro federal.

Mas os servidores estão há dois anos sem aumento real nos salários. As condições muito ruins da era Michel Temer- cujo partido do prefeito apoia- geraram um buraco no bolso do servidor.

Antes os professores eram mais bem pagos quando trabalhavam para o funcionalismo municipal que estadual. Rui Palmeira conseguiu desarticular esta condição, potencializada pelo pacote temerário.

Lembrando- e falando apenas da Educação- quando Ronaldo Lessa foi prefeito de Maceió, os professores alcançaram um outro patamar de valorização profissional.

A demonização do funcionalismo e a exigência de apenas ele se adequar à lei de responsabilidade fiscal, além do discurso de privatização do serviço público endossam a pressão pela baixa estima- incluindo salarial- afetando quem deveria ter acesso a posto de saúde aberto em condições de funcionamento ou a uma escola onde o quadro não deveria ser formado por maioria de monitores.

O que é público não é para todos, vai mostrando Rui Palmeira. O que sobra é muito ruim. O resto é hipocrisia.

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