Um laudo assinado pelo engenheiro civil Fábio Henrique Oliveira Lins, da Secretaria de Planejamento, associa rachaduras detectadas no prédio do Batalhão Escolar no bairro do Farol ao afundamento do solo por décadas de mineração da Braskem.
O documento é uma das etapas para o Governo conseguir indenização da empresa. Pelos cálculos, é cobrado R$ 2,9 milhões da mineradora.
Datado de 15 de abril, o “Laudo de Avaliação do Batalhão de Polícia Escolar – Policia Militar de Alagoas, situado na Rua Barão José Miguel, nº 703, Farol, em Maceió/AL” diz que o “imóvel se encontra carecendo de alguns reparos como revisão das instalações elétricas e hidrossanitárias (inclusive com substituição de materiais), revisão nas esquadrias e sanar algumas infiltrações em tetos e paredes, além de revisão e reparos em todas as cobertas e pintura geral das edificações”.
Explica também que “bairros como Pinheiro, Mutange, Bom Parto, Bebedouro e parte do Farol, vem sofrendo com problemas estruturais, como fissuras no solo e em várias edificações, além de ter passado por tremor de terra, isto sem falar da grande queda e desvalorização do comércio local.
De acordo com as fontes públicas, acredita-se que tais problemas foram causados devido ao longo período de mineração do sal gema, pela Empresa BRASKEM, na região”.
Em 9/7, o Repórter Nordeste mostrou que o comandante do Batalhão, tenente coronel Fernando José Ferreira Soares Júnior, encaminhou pedido de avaliação da estrutura do prédio. O assunto chegou ao comandante da PM coronel Paulo Amorim no final do mês de junho.
A preocupação do tenente-coronel Soares: há rachaduras nas paredes do Batalhão Escolar. Além de infiltrações, vazamentos e problemas nas redes elétrica e hidráulica.
O Batalhão está na área de realocação da Braskem, no bairro do Farol. Perto do 4º BPM (também com rachaduras no alojamento masculino) e o prédio da antiga Farmex, também com rachaduras.