Odilon Rios
Do Repórter Alagoas
O não-repasse de verbas da saúde para a Santa Casa de Misericórdia de Maceió, para atendimento de pacientes do Hospital Geral do Estado, acabou em uma reunião, na semana passada entre os gestores da Santa Casa e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Isso porque dois hospitais de Maceió e um do interior recebem as verbas. A Santa Casa, com 400 leitos e 61% deles destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), não recebe o dinheiro.
Em Maceió, o Hospital do Açúcar e dos Usineiros recebem os repasses. No interior é o Hospital de Coruripe.
Uma situação que poderia ser resolvida, segundo o diretor médico da Santa Casa, Artur Gomes Neto, com repasses financeiros de forma equilibrada aos hospitais- incluindo a Santa Casa- e a melhoria dos serviços de saúde no interior do Estado, em especial de atendimento básico.
Seria uma solução a curto prazo. Hoje, não recebemos pacientes do HGE porque existe uma rede para atendê-los. E não podemos operar no prejuízo. A Santa Casa não recebe nada por estes pacientes,disse Neto.
Apuração do RA aponta que, na reunião com o governador, ele mesmo não sabia da situação- o não repasse de dinheiro a Santa Casa- e pediu uma apuração na Secretaria Estadual de Saúde.
Os repasses não são efetuados desde o ano passado.
A gestão do repasse financeiro aos hospitais foi descentralizada pela Secretaria estadual de Saúde.
O dinheiro é distribuído para as secretarias municipais. A de Saúde, em Maceió, administra a verba para o Hospital do Açúcar e Sanatório.
O secretário Municipal de Saúde, Adeílson Loureiro, não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto. A assessoria do Secretário Estadual de Saúde, Alexandre Toledo, pediu que o RA falasse com Loureiro a respeito dos repasses.
Por falta de leitos, uma placa, do lado de fora da Santa Casa, indica que não há mais vagas para internamentos. Nem para o SUS nem para a rede privada.