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Governo gasta mais R$ 5 milhões em programa de Reconstrução

Odilon Rios
reporternordeste.com.br

No meio da crise na segurança pública em Alagoas- que registra o caso do assassinato de um policial militar na semana passada, em pleno serviço- o Governo dispensou licitação para a contratação de mais uma construtora para tocar as obras de reconstrução- desta vez na cidade de Branquinha.

A Enengi vai levar R$ 5,5 milhões (R$ 5.543.278,12) para a obras e serviços de infraestrutura de esgoto e água no conjunto residencial Raimundo Nonato Lopes, na cidade.

O convênio dura 90 dias.

Um ano depois das enchentes na zona da mata de Alagoas, moradores da cidade de Branquinha vivem sob alerta das chuvas, nas barracas de lona, que deveriam ser casas improvisadas até a entrega de conjuntos habitacionais.

Em meio a lama, os zíperes- as “fechaduras” das casas- estão quebrados; os “tetos” estão cobertos de lençois- para aparar a chuva. A alternativa? a construção de barracas de taipa. Elas são mais resistentes que os ventos fortes da água caindo do céu- anunciando que o passado é uma sombra persistente

Mais de meio bilhão de reais foram investidos no Programa de Reconstrução- que não entregou nenhum conjunto habitacional.

Ao contrário. O Ministério Público Federal investiga duas denúncias ligadas ao programa de Reconstrução.

Um pela inclusão, de forma irregular, da rua Jardim Brasília, em União dos Palmares, no relatório dos estragos das enchentes de junho de 2010.

O outro tem como foco a cidade de Ibateguara. Celeiro eleitoral do deputado estadual João Henrique Caldas (PTN), filho do ex-deputado João Caldas e da prefeita da cidade, Eudócia Caldas, Ibateguara teve 175 pessoas atingidas pelas cheias. Isso representa 1,1% da população da cidade. A Prefeitura recebeu R$ 120 mil da União no programa de Reconstrução.

JHC, como é chamado, é presidente da comissão que acompanha as obras de reconstrução das cidades atingidas pelas cheias de junho do ano passado.

Segundo a Defesa Civil alagoana, 27 pessoas morreram, 27.757 ficaram desabrigadas e 44.504, desalojadas, além de um total de 18.823 casas destruídas ou danificadas.

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