Governo diz ter concluído 30% de inquéritos pendentes

Agência Alagoas

A atuação conjunta da Força Nacional de Polícia Judiciária e da polícia alagoana para dar andamento a inquéritos pendentes já produziu resultados. Segundo informação divulgada nesta terça-feira (17), foram concluídos mais de 30% dos inquéritos policiais instaurados entre 1992 e 2008. Em consequência, 54 pessoas foram presas desde 2010. O contingente da Força Nacional deslocado para Alagoas é composto por delegados, agentes e escrivães vindos de vários lugares do Brasil.

A coordenadora da Força Nacional em Alagoas, delegada Waldelice Carneiro, explicou que a meta é concluir os inquéritos da Meta 2 da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp). “Dos 1.482 inquéritos recebidos no Estado de Alagoas, referentes ao período de 1992 a 2008, foram concluídos e remetidos à Justiça, até o momento, 533 inquéritos, sendo 31 com autoria definida”, explicou.

Um dos principais pontos, segundo ela, é garantir que a informação e o informate estarão seguros. “Garantimos que o nome da testemunha será preservado e mantido o sigilo das informações. Para facilitar os depoimentos e possibilitar que a testemunha fale, a equipe vai até ao local onde ela se encontra, e o escrivão ou escrivã, utilizando o notebook, toma por termo as declarações. Em seguida, é providenciada a impressão na lan-house mais próxima, para que a testemunha assine o termo de suas declarações ou depoimento, obtendo, desse modo, a credibilidade da população e a agilidade na conclusão do inquérito”, explicou a delegada.

Além de atuar na conclusão dos inquéritos pendentes, a delegada contou que a Polícia Judiciária atua também no trabalho de investigação da Delegacia de Homicídios. “Outro trabalho que fazemos é a realização de Local de Crime, em que os policiais civis ficam de plantão e poderão ser acionados tão logo ocorra o crime de homicídio, para o levantamento preliminar de informações e, se possível, esclarecer logo a autoria e fazer a prisão em flagrante do autor do crime”.

A delegada afirma que o trabalho é reconhecido pelas vítimas da violência, que, com a elucidação dos crimes, superam o temor da impunidade. “O resultado do trabalho é a elucidação dos inquéritos que estavam esquecidos nas delegacias de polícia. A apuração e indicação de autoria é feita com isenção, e a conclusão é mais célere”.

Para ajudar o trabalho em Alagoas, a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, autorizou a vinda de mais uma equipe de delegados.

“Os policiais já chegaram a Alagoas e se integraram às equipes de trabalho, assumindo a Delegacia de Homicídios desde o dia 28 de junho”, informa a delegada.

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