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Governo acredita que ‘denúncias’ de Rui Palmeira apontam para candidatura em 2018

Para o Governo, se existiam dúvidas sobre a posição de Rui Palmeira nas eleições de 2018, elas se desfizeram nas declarações do prefeito, mirando a presidente do Tribunal de Contas, Rosa Albuquerque (para atingir Antônio Albuquerque e, no rescaldo, Renan Filho) acusando-a de segurar certidões que darão à capital alagoana o aval para conseguir os empréstimos para o “De Frente Pra Lagoa”.

Entre os palmeiristas e os palacianos, não existe crença que a mega-promessa do prefeito saia do papel porque a era Michel (Henrique Meirelles) Temer é o que é. E, olha: há dois ministros alagoanos em Brasília, o que não é pouco.

Mas, Rui, ao estilo tucano (local), precisa encontrar uma justificativa e colocar a “bomba” no colo de alguém.

Foi assim com o então governador Teotonio Vilela Filho, ao responsabilizar (sem citá-los) Renan Calheiros e Fernando Collor por travarem a autorização para a construção do estaleiro fantasma em Coruripe. O estaleiro não saiu por outros motivos, mas Téo Vilela conseguiu o efeito político necessário naquele momento.

Rui poderia acionar a justiça para buscar as certidões do TC para o “De Frente Pra Lagoa”.

A “solução”, porém, não renderia o barulho que precisa para manter a chama da candidatura ao Governo acesa.

E culpar os irmãos Albuquerque e Renan Filho por travar a obra milionária, mesmo sendo Michel Temer o responsável pela inviabilidade do projeto.

Neste final de ano, o prefeito atraiu, para si, as atenções para o quadro eleitoral de 2018. Mesmo vaiado (como previsto) por citar Michel Temer durante entrega de casas na capital, mostrou “fidelidade” ao presidente da República.

E solidifica o apoio dos partidos em seu entorno (incluindo o PP, o DEM e o PSDB). Não é amizade “chinchera”. É o dinheiro do fundo partidário quem interessa neste momento para a campanha, em especial do PP, o principal interessado na renúncia do prefeito em 2018 para assumir Marcelo Palmeira, enteado do senador Benedito de Lira, o pepista dançarino.

O resto é perfumaria.

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