A Justiça Federal em Goiás condenou por ato de improbidade administrativa quatro pessoas envolvidas no esquema da máfia das ambulâncias. Entre os réus, está o ex-prefeito de Rubiataba Agmar Ribeiro dos Santos.
As informações são do Última Instância.
Também foram sentenciados Gildeth Souza Santos, José Maria Xavier e Rubens Fernando Mendes. Os quatro se envolveram em um esquema para fraudar licitação na aquisição de veículo.
Após convênio com a União, o município de Rubiataba (a 200 km de Goiânia) abriu, em 2003, processo licitatório para a aquisição de carro com equipamentos médicos. Na época, o total de verba acumulada foi de R$ 104 mil (federal) e R$ 8,3 mil (municipal).
Embora o valor superasse o teto de R$ 80 mil estipulado para a modalidade “convite”, a Prefeitura ainda assim fraudou o processo. O objeto da licitação foi dividido para evitar a concorrência.
De acordo com levantamentos do Ministério da Saúde, a manobra causou um prejuízo de R$ 11 mil aos cofres públicos. Além de ressarcir a União, os réus foram condenados a pagar multa — o ex-prefeito Agmar Ribeiro, duas vezes o valor do dano; Rubens Fernando, valor equivalente ao dano; e os outros dois a arcar com metade do valor do dano.
A decisão também suspende os direitos políticos dos quatro sentenciados, que ficam impedidos de contratar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais e creditícios.
Operação Sanguessuga
Os sanguessugas, também conhecido como máfia das ambulâncias, foi um escândalo de corrupção que estourou em 2006, após a descobrir-se que uma quadrilha desviava dinheiro público na compra de ambulâncias.
Em maio de 2006, a Polícia Federal deflagrou a Operação Sanguessuga para desarticular o esquema de fraudes de licitações na área de saúde em todo o Brasil.