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Giovanna, Roberta e Bárbara: vítimas do nosso machismo?

Não posso minizar a sensação ruim provocada quando li uma matéria em um jornal local, exibindo três jovens alagoanas e as dores de suas famílias, sob a égide do moralismo autojustificador, impeditivo de análises sérias, capazes de mobilizar nossa sociedade contra a violência interiorizada que reproduzimos.

Sendo cristã, envio antes um pensamento de fé e carinho à memória de Giovanna Tenório, vítima da violência machista que alimenta nosso imaginário, repleto de versões perversas acerca do direito de viver ou morrer.

E contradigo: Giovanna não morreu por ter envolvimento com um homem casado, em verdade, foi mais uma vítima da mentalidade brutal de quem pode pagar pelo crime de mando em nosso estado. Ter dinheiro para pagar ou induzir um assassinato em Alagoas é a mola mestra de inúmeros homicídios.Daí por diante, vira cultura. Vem a razão, a justificativa.

Lidar com a contrariedade, não é uma característica nossa. Resolver os problemas destruindo o corpo alheio, tem sido uma prática predatória disseminada pelos coronéis de ontem e de hoje.

A questão emblemática envolvendo Roberta, a jovem grávida de Penedo, desaparecida há cinco meses, sai mal arrumada aos olhos de qualquer leigo. A emoção de seus familiares, retrata a família alagoana diante da truculência ramificada nos micropoderes, embasando as relações entre compadres: nicho de todas as omissões, corporativismo e negligência. A família alagoana pode espelhar-se na de Roberta: ferida, largada, sem justiça!

O caso da Bárbara Regina, jovem de hábitos urbanos, também desaparecida e circundada de possibilidades de envolvimento com homens, volta a reforçar os paradigmas machistas, com os quais não rompemos, nem mesmo em benefício da vida.

Não é a vida da vítima que pede exposição pública, é a crueza dos algozes, que carece de melhores análises.

É a inoperância da polícia e da justiça, que precisam estar na berlinda!

Somos nós, homens e mulheres de Alagoas, quem precisamos rever nossos valores, atitudes e posturas diante do avanço indiscriminado da violência contra mulheres em nosso estado.

Em solidariedade às famílias, reafirmamos o apoio incondicional às suas lutas.

Uma resposta

  1. eu naõ seio qual o misterio desse caso de roberta que a policia de penedo e a justicia nao se interesou pelo caso trabalhei ai oito meses e nao vi nem uma reaçao da propria justicia apesar que naõ conhecia pessoalmente a roberta so por foto atraves de uma parente dela que trabalhava cozinhando na firma que eu trabalhava ai em penedo gente continuie fazendo protesto para que as autoridades de penedo desvende esse misterio pra nao ficar em puni continue publicando as noticias sobre roberta e outras pessoas que tiveram omesmo problemas fi co aguardando noticias

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