Gastos com segurança na Educação dariam duas escolas por ano, em Maceió

O “Mapa da Violência das Escolas de Maceió”, elaborado pela Secretaria Municipal de Educação, mostra que quatro escolas da capital ostentam o título de piores na área de segurança. Nelas, técnicos e professores correm risco por causa da violência no entorno da instituição, segundo a secretária, Ana Dayse Dórea.

As escolas mais perigosas de Maceió- de acordo com a secretária- são Neide França (bairro de Saúde); Zumbi dos Palmares (Clima Bom), Nosso Lar e Rui Palmeira (orla lagunar, bairro Vergel do Lago).

A mais perigosa de todas é a escola Rui Palmeira- por ironia, nome do avô do prefeito Rui Palmeira (PSDB). Esta mesma escola também é que a mais preocupa a Semed na infra-estrutura. “É a pior de todas porque há problemas hidráulicos, elétricos, na estrutura”, informou Ana Dayse.

Só que para reverter a insegurança nas escolas, a Semed acaba substituindo a construção de novas unidades de ensino em troca de homens e câmeras para coibir assaltos. Até o final do ano, serão gastos R$ 3 milhões em segurança- equivalente a duas escolas novas em folha.

“Mesmo assim este dinheiro não é suficiente. O ideal seria gastar R$ 4,5 milhões/ano nas 135 escolas da nossa rede. Isso equivale a três novas creches”, disse a secretária.

Segundo o último Mapa da Violência- do Ministério da Justiça- Maceió é a segunda cidade brasileira mais violenta. Além disso, a capital é que carrega a maior quantidade de analfabetos no país. A Semed alega ter uma deficiência de 50 escolas nos ensinos fundamental e médio. Nenhuma delas em tempo integral porque o projeto só sai do papel no próximo ano, inicialmente em cinco escolas da capital.

“As nossas escolas não são violentas. O problema é o entorno, localidades violentas”, afirma a secretária.

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