G20: sucata de computador, inclusão digital e atraso brasileiro

Enquanto o mundo discute – e já aplica – programas de alfabetização digital inclusa na educação formal (da pré-escola ao ensino médio) mais cursos de ciências da computação mais artes criativas digitais, robótica, segurança cibernética e uso de tecnologia em apoio a aprendizagem, o Brasil tem como um de seus principais programas de inclusão digital aproveitar computadores quebrados ou encostados por empresas que são doados ao Governo, em seguida desmontados e juntando as peças a outros computadores formam equipamentos entregues a escolas públicas como em comunidades indígenas ou quilombolas.

O programa de recondicionamento de computadores existe desde 2004 e, 20 anos depois, segue o mesmo formato.

Segundo Hermano Barros Tercius, secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, o investimento em escolas é um grande boom tecnológico. E o programa de recondicionamento de computadores, segundo ele, deve diminuir as exclusões. São 138 mil unidades atendidas nesta ação.

Podemos interpretar pelo discurso que a política de inclusão digital levada adiante pelo Ministério das Comunicações é levar o mínimo a quem tem o mínimo. E qualquer pouco já é bom. Ou seja: paliativos com baixa expectativa nas devolutivas de seu povo, esperando dele um acesso mínimo como se fosse o máximo.

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