Fusão de editoras mundiais pode provocar mudança na produção de livros

Correio Braziliense

O anúncio da fusão das editoras Random House e Penguin vai provocar uma mudança significativa no mapa mundial do mercado editorial. A partir de agora, dois dos maiores grupos de comunicação da Europa, a alemã Bertelsman e a britânica Pearson, assumem o controle das duas editoras. Os alemães ficam com a maior parte do capital, 53%, e os britânicos com 47%. A Bertelsman, proprietária da Random House, é considerada hoje a maior empresa de comunicação da Europa e detém as redes de televisão RTL e a editora Gruner y Jahr, especializada em publicação de revistas e jornais. Já Pearson é dona do jornal Financial Times.

A fusão entre duas das seis maiores editoras do mundo representa também um volume de negócios de três milhões de euros. Só a Random House, cujo selo reúne 45 editoras, faturou no ano passado 1,7 milhão de euros, enquanto a Penguim, especializada em livros de bolso, amealhou um total, de 1,3 milhão. A notícia já era especulada no mercado editorial desde o início do ano, quando o presidente da Bertelsman, Thomas Rabe, revelou estar à procura de novas empresas para incorporar ao grupo. A Random publica uma média de 200 títulos novos por mês e gerencia um total de 800 empregados. Um de seus sucessos mais recentes, Cinquenta tons de cinza (E.L. James), vendeu 40 milhões de cópias em todo o mundo.

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