“Dá um Google em casa aí”, disse o Presidente Jair Bolsonaro em debate pré-eleições com Lula, que até então era candidato à Presidência da República, sobre dados a respeito do desmatamento da Amazônia para um comparativo entre os dois governos.
Muitas pessoas fizeram exatamente isso e a pesquisa na internet aponta que o governo Bolsonaro é responsável por um desmatamento significativamente maior do que no segundo mandato de Lula e dos seus sucessores até 2019, quando assumiu o cargo. Dentre as ações tomadas por Bolsonaro para conter o desmatamento, vimos a demissão do diretor do Inpe, acusações contra ONGs e incentivo ao garimpo e grilagem, além da destruição de terras indígenas, dentre outras.
De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, o que equivale a sete vezes a cidade de São Paulo. Essa foi a maior área devastada dos últimos 15 anos para o período, sendo 3% superior à registrada no calendário passado, entre agosto de 2020 e julho de 2021 (Sistema de Alerta de Desmatamento – SAD do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon).
Fonte: Sistema de Alerta de Desmatamento – SAD do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon
Por isso, o FunBEA, primeiro Fundo Brasileiro de Educação Ambiental na América Latina, sendo referência em Educação Ambiental para mobilizar recursos para projetos, redes e movimentos socioambientais para construir sociedades justas e sustentáveis, por meio de seus conselheiros e a Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental – Anppea, estão participando das reuniões de transição para o Governo do Presidente eleito, Lula, pra repensar a Educação Ambiental neste novo momento do Brasil e propor políticas públicas para o setor nos próximos quatro anos.
Marcos Sorrentino, vice-preseidente do FunBEA e professor sênior da USP, apelou junto ao grupo técnico de meio ambiente de transição presidencial do governo Lula:
“Precisamos voltar a ter estrutura educadora ambientalista em todo o território nacional. Processos educadores instalados no coração do governo são o primeiro passo para a mudança. São necessários procedimentos dentro do Ministério do Meio Ambiente para recuperar a estrutura educadora ambientalista do IBAMA, ANA, ICMBIO, entre outros”, analisou Sorrentino.
Já Thais Brianezzi, Conselheira do Setor Acadêmico do FunBEA, falou em 16 de dezembro em uma das reuniões de transição:
“A gente sabe que o governo Lula enfrentará muitos desafios em diversos campos, especialmente após o desmonte promovido pelo desgoverno atual. E isso é agravado pelo cenário internacional, também crítico, de aprofundamento das desigualdades sociais e de colapso climático, de perda da biodiversidade e de aumento da poluição (inclusive dos oceanos). Uma educação ambiental crítica, engajada, ao longo de toda a vida, nos espaços formais e não formais de aprendizagem e ensino. É isso que precisamos. É isso que preconiza nossa Política Nacional de Educação Ambiental, a PNEA, construída participativamente”, explanou a Conselheira.
E complementou aos membros da reunião:
“O FunBEA trabalha com a perspectiva de política pública multicêntrica, de ação conjunta entre governo e sociedade. E, por isso, é um fundo público não estatal, que aposta na educação ambiental como um caminho potente de transformação, de construção de sociedades mais justas e sustentáveis”, contou Thais Brianezzi.
Mais sobre o FunBEA: O Fundo Brasileiro de Educação Ambiental – FunBEA é referência em Educação Ambiental desde 2011, sendo o primeiro e único fundo de Educação Ambiental da América Latina que mobiliza recursos e aproxima projetos, redes e movimentos socioambientais para construir sociedades justas e sustentáveis. Somos formados por um grupo de pesquisadores e ativistas socioambientais que acredita na educação ambiental como um caminho potente de transformação. https://www.funbea.org.br/.
Fonte: Assessoria