A França enfrenta uma intensa onda de calor que tem provocado recordes de temperatura e mobilizado autoridades em todo o país. Nesta terça-feira (2), os termômetros marcaram 41,5 °C na cidade de Durban-Corbières, no sul francês — o maior pico registrado neste verão europeu. Em outras cidades, como Nîmes e Avignon, as temperaturas chegaram a 39,8 °C e 38,8 °C, respectivamente.
Segundo os serviços meteorológicos nacionais, 84 departamentos estão sob alerta, sendo 16 em nível vermelho — o mais grave — e 68 em alerta laranja. As regiões mais afetadas estão concentradas no centro e nordeste do país. A previsão é de que as temperaturas comecem a cair gradualmente no oeste francês a partir desta quinta-feira (4).
Na capital, Paris, onde os termômetros ultrapassaram os 38 °C, a prefeitura ativou o plano de emergência para ondas de calor. Como medida de proteção à população, 21 parques foram mantidos abertos durante toda a noite, as piscinas públicas funcionaram até as 22h, e o último andar da Torre Eiffel foi temporariamente fechado por segurança. No metrô, foram distribuídas cerca de 30 mil garrafas de água aos passageiros.
O Ministério da Educação determinou o fechamento temporário de aproximadamente 1.900 escolas públicas, devido às condições insalubres de temperatura em salas de aula sem refrigeração. Já o primeiro-ministro François Bayrou autorizou a flexibilização da jornada de trabalho e a suspensão de atividades ao ar livre em horários de maior calor.
As autoridades de saúde também alertaram para o aumento do risco de afogamentos e doenças relacionadas ao calor, pedindo cautela especialmente a quem busca se refrescar em rios e lagos. Os hospitais e unidades de atendimento registraram um leve aumento na procura por cuidados médicos, principalmente por parte de idosos e pessoas com doenças crônicas.
A elevação das temperaturas tem sido agravada pelo aquecimento do Mar Mediterrâneo, que atingiu uma temperatura recorde de 26 °C na superfície durante o mês de junho, intensificando os efeitos do calor sobre o território continental.
A França já havia enfrentado ondas de calor severas em verões anteriores, mas os meteorologistas alertam que episódios como este estão se tornando mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas.
Fonte: Agência Brasil
