Fim do El Niño: La Niña pode trazer chuvas acima da média para o Nordeste

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o El Niño, fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico, está chegando ao fim e se aproximando da condição neutra.

Nos últimos cinco dias, foi observado um resfriamento significativo das Temperaturas da Superfície do Mar (TSMs), que atingiram valores próximos a 0,5ºC acima da média na região de Niño 3.4, o que indica o início da fase neutra do oceano.

Atualmente, os modelos climáticos analisados pelo Inmet indicam que a neutralidade deve permanecer até meados de junho.

Ao mesmo tempo em que o fenômeno El Niño ocorre, algumas áreas do Pacífico Equatorial, como a costa oeste da América do Sul, já estão experimentando temperaturas mais frias que o normal.

A persistência e expansão dessas áreas mais frias em direção ao centro do oceano são condições ideais para a formação do fenômeno La Niña, que é previsto para o segundo semestre do ano segundo o Inmet.

O La Niña é caracterizado pela diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental.

De acordo com a análise do Inmet, há uma probabilidade de que durante o trimestre de junho a agosto, ou seja, no meio do inverno, o Brasil já esteja sob os efeitos do fenômeno.

A intensidade do La Niña ainda não pode ser afirmada, mas geralmente seus impactos incluem chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Por outro lado, na Região Sul e parte do Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas podem ser irregulares e os riscos de seca ou estiagem aumentam, principalmente durante a primavera e o verão.

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