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Fernando busca no filho um Pedro Collor para salvar empresas

Enfrentando a sua maior crise desde 2002, as empresas de comunicação do senador Fernando Collor querem cortar pela metade os salários dos jornalistas, demitir pessoal e sobrecarregar profissionais em diversas funções.

O senador busca um novo Pedro Collor. Alguém que tenha o mesmo ímpeto, visão e caráter empresariais do irmão.

Fernando James, filho de Collor, foi o escolhido. Pressionado pelas circunstâncias e sem interesse dos outros irmãos, Joaquim e Arnon, Fernando também tem a obrigação de ganhar as eleições para a Prefeitura de Rio Largo.

É uma dinâmica interessante. E suicida.

Fernando James é quem vai apagar a luz das empresas começadas pelo avô ou soerguer o Leviatã que hoje é um trambolho.

Trambolho porque as investigações da operação Lava Jato mostram: Collor transformou as próprias empresas em uma lavanderia de dinheiro.

Trambolho porque a dívida das empresas é considerada impagável. Collor só não entra com pedido de recuperação judicial por causa da concessão da Globo na TV Gazeta.

Nas muitas ações trabalhistas que tramitam na Justiça, está escrito que as empresas do senador não conseguem cumprir acordos referendados com seus trabalhadores.

Tanto quem ainda está dentro da Gazeta como quem está fora diz: Collor perdeu o controle sobre os negócios.

Afinal, o que Elle quer? Vender as empresas? E como fica a disputa eleitoral de 2022, quando o senador precisa de sua estrutura de mídia para enfrentar e ganhar o governador Renan Filho que vai para a disputa da única vaga ao Senado com ímpeto de aposentar Collor da política?

Perdido, Elle busca se encontrar. Tirou licença do Senado. Dizem que está em Miami. O STF vai analisar seu pedido de prisão, assinado pela PGR Raquel Dodge. Não creio que ele vá preso. Mas o desgaste está posto.

Como sobreviver em meio a tantos problemas? Eis a questão.

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