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Feliz Ano Vivo aos alagoanos

Estamos a terminar mais um ano – e vivos! Graças a Deus! Pois inúmeros alagoanos sucumbiram ao longo de 2013 aos pés da força de destruição social que chamamos violência. Talvez sobreviver tenha sido sorte.

Mas hoje, certamente nosso objetivo é falar da vida, essa poesia que inicia a cada manhã, quando abrimos os olhos e tomamos as rédeas dos afazeres cotidianos. Essa possibilidade de abrir e fechar portas, fazer escolhas…

Embora, para falar de vida eu não precise jogar a morte para baixo do tapete. Vida e morte convivem, inclusive em constante dialética. Contudo, minha aceitação da morte vai até o ponto em que ela surge como fenômeno natural. Aquela morte imposta, sob qualquer justificativa que seja, não aceito! Por essa razão desejo a Alagoas um Feliz Ano Vivo para todos os meus conterrâneos e conterrâneas!

Não estou falando dos centrais, brancos e diplomados, apenas! Falo também dos negros, habitantes da periferia e ainda analfabetos, pois estes são alvos diários da violência assassina. Desejo ver o direito de viver defendido, respeitado, transformado em lindos poemas!

Que esta terrível força de destruição que nos aliena, suborna e ilude seja desmentida em suas falácias…que a consciência nos mostre a responsabilidade coletiva que temos para com a vida. Que não caiamos na mentira paga, vendida ou comprada. Sejamos usuários ativos da cidadania!

Para os que não chegaram a 31 de dezembro de 2013 porque foram impedidos pelas balas, facadas, pedradas e omissões, nossa sentida prece de Fé na continuidade da existência espiritual, em sublimação. Para os que adentrarão 2014, sob os riscos e as baixas expectativas de futuro, a força justa para efetivar a luta, lembrando sempre que este será um ano de eleição, quiçá de renovação…

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