É a lógica dos vereadores que vão à reeleição ou são estreantes nas urnas da capital.
Eles creem que, manter um candidato a prefeito em Maceió do PT, atrai votos suficientes para abrir entre duas e três vagas na Câmara pela Federação.
Mas dentro e fora do PT já se sabe: o acordo é levar Rafael Brito ao segundo turno.
Para isso acontecer, é fundamental Brito crescer nas pesquisas até a data das convenções do MDB, agendadas para agosto, no limite do tempo da lei eleitoral.
A pré-campanha dele nas ruas já começou. Ainda é tímida, gasta tempo e sola de sapato criticando JHC, mas o que se espera é que o prefeito reaja.
O plano é pressionar de fora porque, dentro da Prefeitura, Jota se equilibra entre Arthur Lira e o próprio futuro.
Rodrigo Cunha, por exemplo, aumentou o tempo de exposição das redes sociais. Para se manter na corrida pela vaga de vice-prefeito.
Enquanto isso JHC amplia pedaços do orçamento municipal para Arthur Lira.
Voltando a Rafael Brito: há uma sensação interna que o governador Paulo Dantas colabora pouco (ou quase nada) para o crescimento do candidato palacista.
Continuam os atrasos no pagamento do Programa Pé de Meia e dos bolsistas do Cria. E não existe um plano do Governo para liberar o dinheiro dos precatórios dos professores, via extinto Fundef. Até ontem, estavam nas contas e rendendo juros R$ 213,9 milhões.
Uma proposta ronda o Governo: judicializar o pagamento dos precatórios. Ou seja: adiar ao máximo o repasse do dinheiro aos verdadeiros donos.
Se isso acontecer, Tio Rafa será cobrado por JHC, que já pagou os precatórios do município.