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Familiares do vice-presidente da Câmara de Vereadores de Anadia, Luiz Ferreira, farão protesto nesta quarta-feira, em frente ao Tribunal de Justiça, cobrando pressa no julgamento dos acusados pela morte do médico e contra a violência no Estado.
“Não seria preciso recorrer aos dados estatísticos para confirmar a violência que marca nosso estado, apesar desses dados confirmarem nossa posição de uma das regiões mais violentas do mundo. A barbaridade à que o povo alagoano é submetido se encontra embutida não apenas em crimes como esse, mas também em toda a corrupção que corrói a política brasileira e de forma caricata, a alagoana”, diz a família.
A Polícia Civil prendeu, em setembro, a única prefeita do PT do Estado. É Sânia Tereza, da cidade de Anadia, 88 quilômetros de Maceió, acusada de matar Luiz Ferreira.
De acordo com a polícia, Sânia e o marido, Alessander Leal, tramaram a morte do vereador- que seria o “voto de Minerva” em um pedido de cassação contra a chefe do Executivo municipal por uma série de irregularidades- desde falta de licitação para a compra de merenda escolar e combustível até o remanejamento, sem autorização da Câmara, de R$ 7 milhões.
O pedido de cassação dependia de uma mudança no regimento da Câmara- que proíbe a cassação do chefe do Executivo municipal.
Horas antes de ser morto por 11 tiros, Luiz Ferreira anunciou em uma rádio, na cidade de Maribondo, que se lançaria à Prefeitura de Anadia.
Sânia Tereza era candidata à reeleição e é investigada ou citada por corrupção em 11 órgãos- entre eles Ministério Público Estadual e Federal.