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Família faz passeata contra crime em Coruripe

Faltam pouco mais de 20 dias para o fim do prazo que o delegado de Coruripe, José Carlos Sales, tem para concluir o inquérito policial do assassinato das adolescentes Eduarda dos Santos e Cinthia da Silva Santos, ambas de 15 anos. Os corpos das meninas foram achados em putrefação, no dia 19 de maio, numa área de mata da Usina Guaxuma.

Para o delegado, Raphael Lima de Oliveira Silva, de 29 anos, que está preso numa delegacia do município de Penedo, continua sendo o principal suspeito de ter matado as adolescentes. “Os indícios levam a ele e, pelo que já investigamos, o suspeito teve ajuda”, afirmou Sales.

As informações são da Gazeta de Alagoas.

Também ontem, familiares, amigos e populares fizeram uma passeata pelas ruas da cidade para pedir a punição do acusado pelo bárbaro crime e lembrar a proximidade do 30º dia da localização dos corpos das jovens. A manifestação reuniu cerca de 200 pessoas, que percorreram o Centro e a periferia da cidade.

O ato foi organizado pelos familiares de Cinthia e Eduarda, com apoio da Cooperativa Educacional de Coruripe (Coopec) e do Instituto Amigos da Natureza (Inan), organização não governamental da qual as meninas faziam parte. “Esperamos que a polícia esclareça essa brutalidade”, diz o coordenador do Batalhão de Guardas Ambientais, unidade do Inan, Marcos Lima.

Além dos casos denunciados após a prisão, o delegado investiga outras informações relacionadas ao acusado e às mortes das meninas Cinthia e Eduarda.

O delegado José Carlos Sales garante que vai concluir o inquérito – que já tem 335 páginas – no prazo e, desta vez, espera apontar a autoria dos assassinatos, o que não aconteceu nas mortes de Samara e Beatriz, cujo inquérito está na Justiça sem apontar os culpados. “Ele [Raphael Lima] saiu da cidade com as meninas, que, conforme testemunhas, já se conheciam. Vamos provar isso”.

Sales pede que quem tiver qualquer informação sobre o caso colabore com as investigações anonimamente, ligando para os telefones 0800 284 9390 e 181. Ele tem sido cobrado pelas mães das duas adolescentes, que, ontem,durante a passeata que marca o primeiro mês do crime, clamaram por justiça. “Quem será a próxima vítima?”, indagou Maria Nicala dos Santos, mãe de Eduarda.

Ao seu lado, Maria Josefa da Silva questionava a demora nas investigações e manifestava o medo de o assassinato de sua filha ficar impune. Ela e os demais familiares das jovens garantem que continuarão clamando por justiça. A próxima atividade será a participação no Fórum pela Paz, que acontece na cidade em julho

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