Repórter Nordeste

Falta de delegados prejudica inquéritos em Alagoas, diz TJ

Trinta delegados estão em vias de aposentadoria e alguns destes profissionais ocupam até sete delegacias em Alagoas,terminando em crimes sem solução ou inquéritos parados. A informação é da Corregedoria do Tribunal de Justiça, que discutiu o assunto na manhã desta segunda-feira (25).

Segundo os magistrados, comarcas como Viçosa, Cacimbinhas, Matriz do Camaragibe, Palmeira dos Índios, Boca da Mata, Novo Lino, Craíbas, Porto Calvo, União dos Palmares, possuem delegacias em situação precária e algumas delas interditadas a pedido do Ministério Público ou Defensoria Pública.

“Tal fato chega a ser amparado pela vigilância sanitária quanto à insalubridade dos locais. Somando-se a isto, há ainda a deficiência na manutenção dos presos. Em algumas delegacias, não há celas, algemando-se os detentos em motos, móveis e objetos sem o mínimo de segurança exigido. As interdições dificultam, na visão dos magistrados, o andamento processual das ações criminais e, em maior escala, a segurança pública”, disse nota da assessoria de imprensa do TJ.

Uma destas delegacias- a de Palmeira dos Índios- não pode mais receber presos, por determinação judicial, porque os presos estão algemados a motos ou grades de celas, por falta de espaço.

“Até agora, esses delegados não se aposentam por carência de efetivo, ou seja, não há delegados para essas vagas que ficarão em aberto”, disse o juiz Emanoel Dória, da Corregedoria.

“Os mais prejudicados com a falta de delegados são os cidadãos. Crimes sem soluções e falta de comprometimento político em suprir o quadro de carência são obstáculos a serem superados seja extrajudicialmente, travando-se diálogos com o Governador, seja na esfera de interventiva, provocando-se a União”, disse o corregedor-geral do tribunal, Alcides Gusmão.

 

Sair da versão mobile