O Banco Fibra S/A conseguiu, no Tribunal de Justiça de São Paulo, a penhora de um imóvel pertencente ao deputado federal João Lyra (PSD), em mais um capítulo da falência do congressista mais rico do Brasil.
O agravo de instrumento, favorável ao banco, foi aceito pelo desembargador-relator do TJ paulista, Jovino de Sylos. A decisão foi publicada no dia 12 de abril, no Diário de Justiça de São Paulo.
Na semana passada, o Tribunal Regional do Trabalho em Alagoas negou o bloqueio de quase R$ 40 mil de João Lyra e de todas as empresas do grupo para pagar dívidas. O bloqueio das contas bancárias- negados pelo TRT- incluía a restrição de circulação dos veículos das empresas ligadas ao Grupo, entre elas a Mapel, a rádio O Jornal, a usina Laginha (e suas filiais no Vale do Paranaíba, Trialcool, Guaxuma, Uruba) e a JL Agroquímica. O TRT aguarda a defesa do parlamentar.
Outra ação de bloqueio das contas- da 9ª Vara do Trabalho- também. foi negada pelo TRT. E, na mesma semana, o desembargador Tutmés Airan pediu vistas no processo sobre a ação de suspeição, movida pelo parlamentar. contra o juiz Marcelo Tadeu, que decretou ano passado a falência do usineiro. Tadeu foi juiz convocado pelo TJ.
Postos de combustíveis, bancos nacionais e estrangeiros, além de transportadores estão na lista dos devedores do grupo, que acumula atrasos de salários em Alagoas, bloqueio de rodovias por trabalhadores para cobrança do débito e pedidos de socorro de Lyra ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), também usineiro, para amortizar o pagamento de impostos do Grupo JL.