Repórter Nordeste

Exclusivo: ‘Só apertei mão de Cavendish e mais nada’, diz Maurício Quintella

Contactado pelo Repórter Alagoas para falar sobre a viagem dele a Paris, na Semana Santa e o encontro com o então presidente da Construtora Delta, Fernando Cavendish- conforme publico no O GLOBO desta sexta-feira- o deputado federal Maurício Quintella (PR) explicou o que está publicado no twitter dele: afirmou haver o encontro, com outros parlamentares, em, Paris, mas não existia na época a CPI. Nem Cavendish era citado na mídia.

Quintella está em São Paulo. Retorna a Brasília ainda hoje. Não vem a Alagoas neste final de semana.

“Só apertei a mão de Cavendish e mais nada. Não teve outros contatos nem nada”.

Quintella repetiu à reportagem o que disse no twitter: o voto favorável à quebra de sigilo da construtora; e o requerimento, de autoria dele, para a convocação de Cavendish. Tudo isso após o encontro em Paris- quando ele integrava a CPI do Cachoeira.

E vai sair da CPI?

De jeito nenhum. Tenho total independência. Eu me expliquei pelo twitter, não me nego a falar com ninguém. Darei as explicações na próxima semana, na CPI.   Explicações que estão em meu twitter.

O senhor indicou os cargos do DNIT em Alagoas, que é investigado por ter os contratos com a Delta. Explique.

Indiquei o superintendente, o Fernando Fortes. Todos os cargos no DNIT em Alagoas são de carreira. Os maiores contratos em Alagoas, do DNIT, são os da BR 101, que não são da Delta. Provavelmente, todos estes contratos (os da Delta) foram fechados com licitação em Brasília, não sei os detalhes.

Segundo levantamento da Controladoria Geral da União (CGU), os contratos irregulares somam R$ 68 milhões (exatos R$ 68.057.864,35). A Delta acumula quatro contratos irregulares todos para restauração, conservação e manutenção das BRs 101, 316 e 110-423.

Não sei os detalhes. E defendo investigação. Mas, as obras não estão paralisadas. As fiscalizações da CGU são normais, existem em todo o Brasil.

Outra acusação contra o senhor: bloqueio de sua conta bancária, em 2011, a pedido do juiz da 18a Vara Cível, Manoel Cavalcante, pelo desvio de R$ 52 milhões de dois convênios do FNDE, quando o senhor era secretário de Educação. Explique isso.

Bloquearam R$ 3 mil da minha conta e respondo a uma ação de improbidade. Foi um desvio temporal de recursos e não foi provocado por nós. Na época, o governador Ronaldo Lessa e eu fomos a Brasília, com outros governadores, para conversar com o presidente Lula e o Palocci. Pedimos ajuda para pagar o 13º salário. O valor foi depositado, mas houve uma transação bancária errada. Foram dois anos seguidos assim. Mas, a falha foi corrigida, o convênio executado. A ação de improbidade é por causa dos indexadores, os juros do banco. E isso está sendo devidamente explicado na Justiça. O Estado não foi prejudicado, não houve desvio de dinheiro como se pensa.

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