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EXCLUSIVO: Documentos sobre o caso Braskem somem do IMA

Na reta final dos trabalhos da CPI da Braskem, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) informou aos senadores que documentos anteriores a 2005, como correspondências e documentos trocados entre a empresa e suas antecessoras como Trikem e Salgema e o instituto sumiram.

Entenda:

– Os senadores requisitaram informações para embasar o relatório final da CPI da Braskem que investiga o afundamento de bairros em Maceió, provocado por décadas de exploração de sal-gema;

– o IMA, em 3 de maio, informou que o único documento referente à Braskem nos arquivos do instituto é uma cópia do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), apresentado em 1986

– O diretor-presidente Gustavo Lopes informou que assumiu a gestão em 2015 e não existia “uma mínima estrutura organizacional” nem para gerenciar atividades nem armazenamento, incluindo localização de processos físicos;

– Sobre as atividades de mineração de sal-gema disse que nada foi encontrado (a não ser o RIMA) e ele acredita que estes processos foram extraviados.

Os senadores solicitaram ao instituto:

– Todas as correspondências e documentos trocados entre Braskem/Trikem/Salgema e o IMA;
– Alertas e notificações enviados à Braskem;
– Laudos, perícias relacionados à exploração de sal-gema;
– Processos administrativos referentes ao licenciamento ambiental, relacionados ao assunto, mais denúncias sobre a exploração de sal-gema;
– Processos administrativos relativos a ações de emergência ambiental.

Procurado pelo Repórter Nordeste, o IMA não quis se manifestar.

Em 10 de abril, durante depoimento à CPI da Braskem, um dos diretores da empresa Marcelo Arantes admitiu que a Braskem tinha culpa no processo de afundamento do solo em bairros de Maceió.

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