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Estudo mostra relação entre queima da palha da cana e internações por problemas respiratórios

Pesquisadores brasileiros concluíram que, nas regiões onde existe queima da palha da cana de açucar (método para colheita da planta, antes de ser levada em caminhões para moagem na usina), existe aumento na quantidade de pessoas com problemas respiratórios internadas em hospitais, principalmente a pneumonia, além de tosse seca e cansaço, irritação no nariz e garganta.

O Brasil concentra 25% das terras no mundo onde se planta cana-de-açúcar.

O estudo realizado na cidade de Presidente Prudente, em São Paulo, e publicado em outubro do ano passado, mostra também relação entre o aumento de internações e o crescimento do tráfego dos carros que transportam a cana para a usina. Em resumo: mais carros circulando nestas regiões, mais poluição e mais pessoas doentes.

A queima da cana-de-açúcar, diz o estudo, é responsável pela produção e emissão de gases tóxicos “que possuem efeitos deletérios à saúde humana à curto e longo prazos”, gases que “quando inalados, pode desencadear processos inflamatórios a partir da formação de agentes oxidantes intracelulares, produzindo mecanismos como o aumento da reatividade brônquica, redução do transporte mucociliar, estresse oxidativo, sibilância, infecções de vias aéreas e exacerbações de crises asmáticas e da DPOC”.

DPOC quer dizer “doença pulmonar obstrutiva crônica com exacerbação aguda não especificada”.

Conclusão do estudo: “Durante o período de queima houve maior número de internações por doenças respiratórias, principalmente de pneumonia, quando foi observada a influência dos poluentes e temperatura no processo de adoecimento da população”.

Veja o estudo completo aqui

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