O passado alagoano é também o do Brasil. Crimes políticos envolvem gente poderosa e impune. Impunes porque as instituições também protegem quem aperta o gatilho e organiza o assassinato.
É muito difícil colocar os amigos de copo de uísque na prisão. E o uísque está cada vez mais caro.
O tributarista Sílvio Vianna virou nome de rua em Alagoas. Conclusão estranha das nossas instituições: morreu porque estava no caminho dos tiros.
Kleber Malaquias nem tem nome de rua. E no Tribunal de Justiça vai se construindo a tese de que ele morreu porque merecia morrer.
Mataram o servente de pedreiro Carlos Roberto Rocha Santos. O assassino até foi condenado, mas saiu pela porta da frente após o julgamento.
Sérgio Silva Santos, o Sergio Serafim, foi morto a tiros em agosto de 2023 na cidade de Estrela de Alagoas, um município emblemático, assim como Batalha.
O mais recente crime político é em Junqueiro. Adriano Farias, crítico da atual administração. O roteiro é o mesmo do passado: governador determina rigor, SSP nomeia três delegados. A aposta no esquecimento, a rotina de que as coisas são assim mesmo. Até o próximo caso e as mesmas características.
Não à toa as pesquisas mostram que as pessoas confiam cada vez menos nas instituições. E os defensores do anti-sistemismo crescem e aparecem.
Verdades não mentem…