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Espancado até morrer: o velho normal do Brasil nada cordial

João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, espancado até morrer por duas pessoas, dentro do supermercado Carrefour, em Porto Alegre. Quem espancou era segurança do supermercado e o outro, um cliente, policial militar temporário.

Dois homens renderam e mataram uma pessoa, que era negra, pouco antes do Dia da Consciência Negra, data que precisamos ter porque o Brasil não é um país cordial.

No último país do Ocidente a abolir a escravidão; que registrou o maior volume de tráfico de escravos nas Américas; que tinha um porto exclusivamente construído para os traficantes de escravos- o maior das Américas- um dia 20 de novembro é tão importante quanto as datas judaicas que recordam os horrores do nazismo.

Quem sabe se, um dia, quando o ódio substituir a razão, datas assim não se incorporem nas pessoas naturalmente? Esquecer o passado não é exercício para o perdão. É ausência de memória. E isso é uma forma de manter a doença social presente em nossas heranças mal resolvidas.

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