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Escola Livre de Nezinho e Toledo vai ao STF no dia 28

As discussões sobre a Escola Livre, dos deputados Ricardo Nezinho e Bruno Toledo, empobreceram (ainda mais) a Assembleia Legislativa. A repercussão negativa ridicularizou Alagoas no cenário nacional, virou propaganda da censura que deveria ser imposta a professores. Pior: sem provas da tal “doutrinação comunista” em sala de aula. Sem provas de que alunos eram obrigados a tocar as partes íntimas uns dos outros para a “educação sexual”. Sem provas do kit gay. Sem provas da “mamadeira erótica”.

Bruno Toledo e Ricardo Nezinho se reelegeram nos rastros das mentiras que circularam nas redes sociais. Ambos precisaram de uma bandeira, a do neo macartismo da ordem moral ameaçada pelo fantasma da guerra fria, para cobrir seus dois mandatos pífios na Assembleia. Conseguiram espaço no picadeiro.

O mesmo disse-me-disse que segura a lei alagoana da Escola Livre é uma das principais pautas do futuro presidente Jair Bolsonaro, que é uma bagunça de frases ditas e desmentidas no mesmo dia.

O STF começa a julgar a ação alagoana movida contra a Escola Sem Partido no dia 28. A sociedade corre o risco de embalar o Mateus parido por Toledo e Nezinho. Virou uma piada perigosa. Demissão e até prisão de professores podem ser a consequência do moralismo de fachada.

A história se repete- e não como farsa. Os tempos do fascismo estão ali, na esquina. A tendência é que o STF arquive o absurdo, mas o julgamento não deve terminar este ano. No poder, Bolsonaro pode servir como elemento de pressão contra as discussões racionais. Como se viu na campanha.

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