A Prefeitura do Rio, administrada por Marcelo Crivella, paga até R$ 10 mil por mês a funcionários públicos que aceitam trabalhar na frente de hospitais e ameaçar cidadãos e atacar a imprensa que relatem problemas nestes lugares.
A denúncia é do Jornal Nacional.
O JN identificou ao menos 5 funcionários, que recebem R$ 2,7 mil a R$ 10,5 mil. Entre eles, existe quem está lotado no gabinete do prefeito. Há cobranças de desempenho: mais ataques à imprensa que cobre estes lugares, incluindo gritando palavras como Globolixo.
A Prefeitura do Rio não negou a existência dos grupos. Afirmou que reforçou o atendimento em unidades de saúde municipais para melhor informar à população e para evitar riscos à saúde pública. E alegou que uma informação falsa pode levar pessoas a não buscarem tratamento.
A Associação Brasileira de Imprensa afirmou que os episódios repetidos nas portas dos hospitais mostram que não estamos diante de fatos isolados, mas de uma política do prefeito para constranger repórteres e cidadãos. A ABI reafirmou o compromisso com a liberdade de expressão e irá defender esses princípios.
A Associação Nacional de Jornais lamentou que funcionários da Prefeitura do Rio de Janeiro estejam impedindo a atividade jornalística e afirmou que os maiores prejudicados são os cidadãos do Rio, a quem esses funcionários deveriam prestar seus serviços e de quem recebem seus salários.