No livro A Privataria Tucana, o discurso da venda de empresas públicas para a melhoria do serviço porque “o que é público é ruim” cai de podre quando se pergunta quem ganha com a privatização.
E não é o cidadão.
Houve um vasto esquema de propina e lavagem de dinheiro nos subterrâneos do poder que benefício a classe política, bem representada no Congresso ou nos estados, renovando-se no poder com seus filhos e netos.
Claro: um crime perfeito, sem culpados. Porque a culpa já é do brasileiro mais comum. Do populacho que precisa de água, esgoto e luz. E ainda carrega a bandeira “o que é público é ruim”.
A Ceal virou Equatorial e as reclamações se multiplicaram na justiça, na Defensoria Pública, na pressão do eleitor sobre os parlamentares.
Não existem agências de regulação que detenham a Equatorial. Seus funcionários são treinados para humilharem as pessoas com contas atrasadas. Dois bicos de luzes viram contas de 3 dígitos.
Parece que o setor privado pode tudo no Brasil. Parece não: ele pode tudo.
A Equatorial age como as regras do “mercado livre” querem. O choro do consumidor é livre.
As lágrimas aumentarão quando a Casal for vendida.
O mimimi estará completo.