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Entrevista de Alfredo Gaspar serve para aclamar Método Bolsonaro

Quando um chefe do Ministério Público usa proselitismo político- eleitoral para agradar ao chefe de outro poder- neste caso, o presidente da República- buscando termos chulos ou os conceitos mais vulgares para justificar excessos do Estado, o indicativo é que a nossa democracia está se desmanchando, ao menos através dos nossos dirigentes.

Em trecho da entrevista dada ao jornalista Jefferson Moraes no AL1, o procurador-Geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, atacou os Direitos Humanos- defendidos pelo Ministério Público- e nas entrelinhas da entrevista dá a entender que a pena de morte pode ser usada como método de livre escolha aos que querem defender os “cidadãos de bem”, um termo surrado e retirado do fundo do baú, estendido nas audiências dos programas policialescos e guindados à máxima ignorância por Jair Bolsonaro.

A Constituição Federal cidadã brasileira completa 30 anos este ano; em 2018, o mundo celebra os 70 anos da declaração universal dos direitos humanos.

Mas Alfredo Gaspar parece celebrar os acadêmicos ou os rábulas da Universidade do Zap Zap, aquela que ajudou a eleger Bolsonaro num impressionante esquema de caixa dois, conforme apuração da Folha de São Paulo.

Os alagoanos podem esperar, do agora reeleito chefe do Ministério Público e o coordenador do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) o endosso à era do terror. O Brasil lidera, no mundo, em assassinatos nos países sem guerra. É o pior lugar da Terra para gays, negros e mulheres viverem por causa do risco de serem eliminados.

Existem discursos que endossam e até justificam estas mortes silenciadas. Um deles é de Alfredo Gaspar. Poderia ser diferente. Mas não é.

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