Nem os poderes da família Calheiros têm sido suficientes para desatar os nós na Justiça contra o ex-prefeito de Matriz de Camaragibe e São Luiz do Quitunde, Cícero Cavalcante, um dos homens mais ricos da região norte de Alagoas (fortuna declarada de R$ 555 mil) , porém sustentando o martírio de ser ex-político, viver com uma espada na cabeça (à beira de virar ficha suja) e não assumir, em definitivo, a vaga de Olavo Calheiros na Assembleia Legislativa.
Olavo – conforme adiantou o sobrinho, governador Renan Filho (PMDB)- será conselheiro do Tribunal de Contas- mas uma ação do Tribunal de Justiça impede a nomeação imediata dele. Também o tempo é inimigo de Olavo porque ele é réu nas investigações da Operação Navalha. O processo seria julgado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em dezembro, mas ficou para 2016. Mais aqui
Mas, o ex-trator da região Norte vive drama maior: responde a 12 processos na Justiça Estadual- a maioria por corrupção- pode ser considerado a qualquer momento ficha suja e somente a vaga de Olavo Calheiros na Assembleia Legislativa pode gerar-lhe o foro por prerrogativa de função- mais conhecida como imunidade parlamentar.
Cícero e Renan deverão se encontrar em breve. O ex-prefeito quer avaliar a disposição dos Calheiros pela vaga no TC e, a depender da resposta, investir nas eleições: candidatar-se a prefeito em São Luiz do Quitunde, de onde já saiu acusado de corrupção.
