Endividamento familiar: como não entrar no vermelho

Endividamento familiar: como não entrar no vermelho

O endividamento das famílias brasileiras têm crescido constantemente nos últimos anos e se encontra num nível preocupante.
Para além das consequências para a economia como um todo, isso significa dor de cabeça para milhões de brasileiros, que têm as suas rendas e os seus sonhos comprometidos pelas dívidas.
Como não cair nessa difícil situação? Neste artigo, daremos dicas úteis para controlar o orçamento familiar e não se tornar inadimplente.
Pandemia e endividamento familiar
O Brasil já vinha de uma crise econômica, vivenciando uma lenta recuperação. Mas a chegada da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), ainda no início de 2020, freou essa recuperação e deteriorou as condições de vida da maioria dos brasileiros.
Mesmo com iniciativas governamentais, como o Auxílio Emergencial, o desemprego e a falência de estabelecimentos dispararam, e a consequência disso foi o crescimento do endividamento familiar.
Segundo o Banco Central, em abril deste ano o endividamento das famílias com o sistema financeiro chegou ao maior patamar já registrado: 58,5%. Ou seja, quase 60% da renda das famílias brasileiras está comprometida com dívidas bancárias.
Um nível tão alto de endividamento reflete na perda de bem-estar financeiro dos brasileiros, que passam a consumir menos, adiar planos e sofrer psicologicamente.
Num cenário tão preocupante, torna-se ainda mais necessário planejar com consciência o nosso orçamento. E é sobre como fazer isso que falaremos a seguir.
Como organizar o orçamento para não entrar no vermelho
Para ter suas finanças em dia e não entrar no vermelho, é preciso colocar em prática alguns conceitos de educação financeira e, em especial, realizar um planejamento financeiro.
Como, nesse caso, falamos de endividamento familiar, o planejamento deve ser feito em conjunto por todos os membros da família.
Conheça bem as finanças da família
Antes de tudo, é preciso entender como funcionam as finanças da família. Coloquem no papel todos os gastos e todos os ganhos, acompanhados de detalhes como a origem, o destino, o prazo de vencimento, a taxa de juros, etc.
Com isso, você e seus familiares terão uma boa ideia de como o dinheiro está sendo usado e o que pode ser feito para geri-lo de forma mais saudável.
Você pode, por exemplo, usar aplicativos específicos para planejamento das finanças pessoais que contêm diversas ferramentas úteis e podem ser usados no smartphone, sempre que você tiver tempo disponível.
Tenha clareza das prioridades e objetivos
Após registrar e classificar os gastos da família, será possível estabelecer quais têm mais prioridade.
Exemplos de gastos essenciais são: dívidas atrasadas, dívidas que irão vencer em breve, conta de água, conta de luz, aluguel, alimentos básicos e gastos com saúde. É com esses itens que os recursos da família devem ser gastos em primeiro lugar.
Exemplos de gastos não essenciais são: roupas, jóias e acessórios, refeições fora de casa, planos caros de internet, TV por assinatura e streaming, viagens a lazer, etc. Esses gastos devem ser feitos com muito cuidado ou mesmo evitados, especialmente se o orçamento familiar já estiver restrito.
Estabeleça objetivos financeiros. O primeiro deles é, com certeza, se livrar das dívidas em atraso e conseguir passar o mês com o orçamento atual.
Depois, a família deve procurar formar uma reserva de emergência, útil nos momentos de aperto. Depois, essa reserva pode ser convertida numa poupança de fato, que poderá ser usada para concretizar planos e sonhos da família.
Não deixe a situação virar uma bola de neve
A gestão das dívidas é essencial para manter o orçamento familiar sob controle. Antes de tudo, é essencial se preparar antes de contrair uma nova dívida.
Reflita sobre como o novo gasto irá pesar no seu orçamento, com um olhar especial sobre as taxas de juros. Recomenda-se não comprometer mais de 30% da renda mensal com o pagamento de dívidas.
Depois que as dívidas já são contraídas, elas devem ser encaradas como gastos prioritários, especialmente se já estiverem atrasadas, como citamos anteriormente.
Além disso, para que a situação não vire uma bola de neve, os consumidores devem tentar negociar as dívidas atrasadas junto aos seus credores. Uma dica é usar plataformas de negociação de dívidas online, onde é mais fácil conseguir descontos.
Já para o caso de dívidas com juros muito altos, ainda é uma possibilidade usar um empréstimo para quitar a pendência. Contudo, é preciso cuidado, essa troca só é recomendada quando o empréstimo apresenta taxas de juros menores que a da dívida em si.
Uma boa opção normalmente é através do empréstimo com garantia, seja de veículo ou de imóvel, que costuma apresentar taxas mais atrativas.
Planejamento não é um monstro de sete cabeças
O planejamento financeiro é útil para todas as famílias, estejam elas endividadas ou não. Para muitos, pode parecer uma tarefa difícil, mas nada que um pouco de paciência e perseverança não resolvam.
Recomenda-se começar com pequenos gestos, como reunir-se com seus familiares uma vez por semana e discutir um pouco sobre as finanças da casa. Em seguida, pode-se começar a cortar alguns gastos não essenciais e poupar algum dinheiro, e assim por diante.
Entretanto, caso esse planejamento se mostre realmente difícil, é possível solicitar auxílio profissional. Aqui mesmo no Juros Baixos você pode encontrar um planejador financeiro, que fará um acompanhamento personalizado do seu caso.
Por fim, recomendamos o estudo constante sobre temas de educação financeira. Obviamente, não é preciso se tornar um expert no assunto, mas conferir de vez em quando algum conteúdo, seja um artigo, um vídeo ou palestra, ajudará bastante na gestão do orçamento familiar. No nosso blog e no nosso canal no YouTube você pode encontrar tais conteúdos gratuitamente, além de poder realizar um de nossos cursos completos.

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As famílias brasileiras estão cada vez mais endividadas. Saiba o que pode ser feito para não cair nessa difícil situação.

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