O empoderamento da mulher é um tema que vem sendo muito discutido na contemporaneidade, porém analisando a sua relevância, pude perceber que essa discussão deveria ser bem mais ampla e por que não, acelerada, para que se possa contar com um resultado salutar da contribuição da mulher empoderada na sociedade?
O empoderamento da mulher precisa ser reconhecido na conjuntura atual, não apenas como atuante no desenvolvimento econômico, social, cultural, mas como protagonista, principalmente no campo da política partidária para assumirem cargos públicos com as mesmas possibilidades que os homens, que ainda vivem a política em um padrão tradicional.
Não é verdadeira a expressão muitas vezes repetida no meio empresarial e político de que a mulher não está qualificada, muitas mulheres têm excelentes currículos e não conseguem se realizar profissionalmente. Neste sentido, se faz necessário que haja movimentos que efetivem com eficácia os princípios de empoderamento das mulheres que foram instituídos durante a Assembleia Geral da ONU em julho de 2010, tais como:
- Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.
- Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.
- Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.
- Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.
- Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing.
- Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social, medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.
Sendo assim, nasce o Coletivo de Mulheres que Escrevem, um espaço de construção, de empoderamento da mulher, que inspira, que aprofunda o sentido da colaboração, desperta o interesse de ler literaturas produzidas por mulheres e mulheres alagoanas, território onde emerge o Coletivo, onde uma mulher empodera outra mulher, e ninguém solta a mão de ninguém.
Ana Lúcia Gomes de Barros é escritora.