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Em resposta a Collor, Gurgel diz que ida a CPI é tentativa de retaliação

Em resposta à pressão do senador Fernando Collor (PTB), que quer convocá-lo para a CPI Cachoeira, o procurador Geral da República, Roberto Gurgel, chamou a ação de uma tentativa de retaliação.

“Eu apenas menciono isso: há pessoas que foram alvo da atuação do Ministério Público e ficam querendo retaliar, é natural isso. E há outras pessoas que têm notórias ligações com pessoas que são réus no mensalão”, disse. A entrevista foi dada ao O Globo desta quinta.

“A atividade do Ministério Público tem como uma das suas características a de desagradar a muitos, se não a todos. Portanto, faz parte do nosso ofício saber que vamos ser alvo de crítica, que vamos ser alvo de pessoas que já foram alvos, e alvos notórios da atuação do Ministério Público, e que têm agora a sua chance de tentar uma retaliação. E é isso que se está fazendo. A minha preocupação é de continuar trabalhando, de continuar investigando, de levantar o véu e revelar cada vez mais fatos que estão submetidos também à CPMI, mas que parece mais preocupada com outros aspectos, parece mais preocupada com o julgamento do mensalão”, disse Gurgel.

“Na verdade, o que nós temos são críticas de pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão. São pessoas que aparentemente estão muito pouco preocupadas com as denúncias em si mesmas, com os fatos, com os desvios de recursos e com a corrupção. Ficam preocupadas com a opção que o procurador-geral, como titular da ação penal, tomou em 2009, opção essa altamente bem-sucedida. Não fosse essa opção, nós não teríamos Monte Carlo, nós não teríamos todos esses fatos que acabaram vindo à tona. Há um desvio de foco que eu classificaria como, no mínimo, curioso”, resumiu.

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