Repórter Nordeste

Em Pilar, tio pobre e sobrinho rico

De comum entre os candidatos milionários é o fato de eles disputarem as eleições em cidades com índices de desenvolvimento humano baixos, quase metade da população analfabeta e deficientes serviços de atendimento à população, como saúde e educação.

É o caso de Pilar, que além de todos os problemas sociais, é uma das mais violentas de Alagoas, segundo dados do Ministério da Justiça.

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Na cidade, o médico Emmanuel Fortes (PHS) tem uma fortuna maior que a soma de todos os candidatos a prefeito: R$ 1,6 milhão (exatos R$ 1.623.400). Perde até para o ex-deputado federal Carlos Alberto Canuto (PMDB), que declarou ao TSE viver em uma pindaíba financeira: não tem um único patrimônio. Ele terá de raspar o tacho para provar que não é “ficha suja”- apesar do seu nome constar em relação do Tribunal de Contas da União (TCU) como postulante ao cargo nestas condições.

Carlos Alberto Canuto- pelo menos é o que consta no TSE- é tão pobre quanto o candidato do PSOL: Joce das Lojas Palmeira. Renatinho Canuto (PSDB), o sobrinho de Carlos Alberto, tem condição mais privilegiada: patrimônio de R$ 282.743,88.

Qual o atrativo de Pilar? Recebeu, ano passado, quase R$ 2 milhões em repasses dos royalties. São Miguel dos Campos, R$ 5,8 milhões, disputada por Nivaldo Jatobá.

Contra o usineiro, o atual prefeito, George Clemente- com patrimônio quase dez vezes menor (R$ 241.685,07) e Salustiano, do PRTB: R$ 178.000.

Mesmo com uma parte da cidade destruída pelas cheias de junho de 2010, União dos Palmares desperta a atenção do ex-governador milionário Manoel Gomes de Barros (PSDB). Sua fortuna, conforme declarou ao TSE, é de quase R$ 2 milhões (exatos R$ 1.978.333,33). O tucano usa o prestígio do nome, do passado familiar (seu pai, Antônio Gomes de Barros, é um dos responsáveis pelo início polítco do clã, em União) para enfrentar Beto Baía (PSD). Beto tem fortuna de R$ 561.319,25.

Mano é menos abastado que o candidato do PDT em Igreja Nova: Gusto. A rivalidade entre pedetistas e tucanos na cidade não está apenas nas ruas. Em patrimônio, Paulo Roberto Silva (PSDB) disse, ao TSE, não ter um bem sequer. Doutor Maurício, do PPS, tem R$ 460 mil, em patrimônio.Gusto tem R$ 1,2 milhão (exatos R$ 1.265.000).

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