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Em Maceió, Covid-19 transforma pobres em areia de cemitério

Sem acesso a saneamento básico, sem o auxílio emergencial e sem o dinheiro do Fundo de Combate à Pobreza (Fecoep), os mais pobres em Maceió – para não morrerem de fome- estão ganhando uma passagem, sem volta, para o cemitério mais próximo.

São obrigados a saírem de casa, para trabalhar ou arranjarem bicos, em busca de dinheiro.

Se ficarem doentes, eles não procuram os postos de saúde porque nos postos a situação é bem pior.

É assim no Benedito Bentes e o Jacintinho. Dois grandes e tradicionais bairros na capital, onde moram os mais pobres e que lideram os casos de contágio e mortos na pandemia.

O mercado de caixões anda próspero na região.

E existem os satisfeitos na classe política porque comprar um caixão a um pobre é garantia de voto da família inteira. Ou fidelidade eterna.

Segue a vida e seus mortos que não voltam mais.

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