Começa hoje o Congresso Estadual do PMDB, maior partido de Alagoas, cujo presidente é o também presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros. Será uma das raras ocasiões que o pai e o filho estarão publicamente juntos.
No meio da discussão que pode levar o tio ao Tribunal de Contas e de nomes do PMDB envolvidos na Operação Lava Jato, Renan Filho é tratado como herdeiro do pai.
E, de fato, pode assumir mais rápido o posto, aceitando levar o tio à Corte de Contas.
No último final de semana, o blog mostrou o maior salário bruto no mês de outubro no tribunal: o do ex-presidente e conselheiro Cícero Amélio. Mensagens de internautas se revezavam entre a indignação e o lamento.
Há indiferença da classe política no mundo com o trato da coisa pública. Um fenômeno que vai além do PT. Ótimos textos de Noam Chomsky- o delicioso O Lucro Ou as Pessoas ilustra a crise da democracia- atentam para este detalhe.
O sistema passa a funcionar por atitudes individuais, virtuosas. Quando deveria o contrário: o sistema ter seu próprio virtuosismo.
Com Renan Filho, o discurso pode ruir em nome da “cota Calheiros” para o Tribunal de Contas. Cota que o ex-governador Teotonio Vilela Filho usou tão ostensivamente e agora Renan Filho deve repetir.
Nome novo na politica, Renan Filho seguirá os passos do pai, mantendo os velhos hábitos. Como convém ao rei. E seu menino.