O secretário de Transportes, Mosart Amaral, está oficialmente descartado pelo Palácio República dos Palmares para disputar as eleições em Maceió.
Isso significa muita coisa.
Primeiro, o governador Renan Filho (PMDB) busca aproximação com o prefeito Rui Palmeira (PSDB)- de olho nos números das pesquisas; segundo: abre ao tucano a carteira de nomes do PMDB (com discurso menos bélico)- entre eles, Kelman Vieira, presidente da Câmara.
Mosart vai tocar o projeto das escadarias e pontilhões nas grotas de Maceió. E assumir as obras no trânsito dentro e fora da capital.
Não são revoluções profundas- elas teriam de acontecer nas áreas sociais.
Porém, os espertos da política perceberam que rasgar ruas atrai votos, da classe média; e uns pedaços de cimento a quem vive na lama garante a fidelidade nas urnas dos miseráveis.
Há, também, um lado objetivo.
Maceió tem um travo com os Calheiros.
E o presidente do Senado- que estava na segunda-feira, em Maceió, despachando quase oculto na sede do PMDB- sabe disso.
Murici não é exemplo de desenvolvimento político ou econômico. E, por lá, os Calheiros mandam desde os sumérios.
E por que não melhorar a autoimagem no maior colégio eleitoral do Estado?
Pois é: por que não?