O Coletivo de Mulheres que Escrevem é um conglomerado com fins culturais, que organiza reuniões bimestrais, nas quais apresenta uma mesa temática com relevância para as participantes.
No último dia do mês de julho, a mesa ganhou o tom da diversidade, sem configurar clichês, pois as palestrantes conseguiram ir muito além do que poderia ter sido previsto: elas falaram daquilo que conheciam de perto, analisavam, pesquisavam, vivenciavam e idealizavam como direitos sociais e humanitários.
A professora e roteirista Elizabeth Caldas, trouxe rico relato sobre cinema e mulher lésbica, ganhando a atenção do público com a riqueza de informação por trás de um fenômeno do qual a maioria somente conhece o lado glamouroso.
Alícia Cavalcante e Bruna Carla Alves mesclaram habilmente Psicologia e Direito, envolvendo mais uma vez a plenária em uma reflexão com abrangência política e civilizatória, que tocou mentes e corações.
As falas das palestrantes desencadearam reações que segundo algumas mulheres participantes, foram “libertadoras”; em um nível de contribuição que podemos considerar “alto nível”.
Assim sendo, reafirmamos que a melhor luta contra o obscurantismo é manter acesa a candeia da formação libertária, humanitária, reunindo pessoas para a partilha do conhecimento, da ciência e da poética existencial coletiva.
Mulheres que escrevem e falam sobre suas próprias vidas, conquistas e lutas, ocupam este território com recorte de gênero, para muito além dos padrões e condicionamentos de guetos culturais que transformam a escrita em um fazer elitista.
O objetivo desta reunião de talentos é segurar as mãos umas das outras, em acolhida fraterna, que eleva identidades e valoriza produções internas. A visibilidade e inserção das mulheres lésbicas no Coletivo representou crescimento para todas, pois quem não sabia além daquilo que a homofobia ensina, aprendeu outras histórias a partir destas mulheres.
Assim escrevemos estas linhas, juntas.