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Em AL, Bolsonaro se apega a Collor e Lira em busca de prestígio e respeito

Senador Fernando Collor, presidente Jair Bolsonaro e a primeira dama Michele Bolsonaro durante cerimônia de Posse do senhor Gilson Machado, Ministro de Estado do Turismo

A popularidade de Jair Bolsonaro está esvaziando, indicam as pesquisas. As redes sociais não são mais um campo dominado quase que exclusivamente pelas matilhas presidenciais. O mandachuva do Palácio do Planalto busca, então, se fazer respeitar ou emplacar respeito em meios de comunicação com públicos maiores que o dos cercadinhos.

Por outro lado, ele precisa tomar emprestado a popularidade dos outros principalmente lideranças locais. Daí o anúncio de viagens pelo Brasil. A presença deve compensar o vazio de propostas para a alta do gás de cozinha, dos combustíveis, a volta da inflação, a carne como artigo de luxo e os reajustes da tarifa de luz, ferindo os bolsos dos mais pobres e chegando sem avisar na classe média.

Bolsonaro vai estar em Alagoas na próxima quarta-feira, anuncia o Correio Braziliense. A princípio o roteiro é para a entrega de pequenas obras na cidade de Teotônio Vilela, onde quem manda é a família Pereira, da deputada Jó, do superintendente da Codevasf Joãozinho, do secretário Estadual do Meio Ambiente, Fernando… .

Precisará de todos eles e do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do senador Fernando Collor, profissionais do ramo, para atrair público e ser ovacionado em torno da própria verborragia.

Deve anunciar que o novo Bolsa Família, agora Auxílio Brasil, vai custar R$ 300 e deve ser lançado até o final do ano. Pode ainda atacar os Calheiros, já que o senador Renan é relator da CPI da Covid e seu relatório final está programado para ser entregue em outubro. O resto é conhecido: um país livre dos comunistas, fim da corrupção em seu Governo, mostrar-se como um predestinado de Deus.

É o que temos para hoje.

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