Repórter Nordeste

Eletrobrás quer vender Ceal até final de 2016

ceal

No dia 28 de dezembro, às três horas da tarde, em Brasília, os acionistas da Eletrobrás se reúnem em Assembleia Geral Extraordinária para decidir a venda do controle acionário e o aumento do capital da Ceal até o final do próximo ano.

Será o primeiro passo- oficial- para a privatização da antiga estatal alagoana por ordem do Governo Dilma Rousseff.

Não só ela.

Na lista estão a Eletroacre; a Ceron, de Rondônia; a Cepisa, do Piauí; a Boa Vista Energia, de Roraima; a Amazonas Distribuidora de Energia; e a Celg, de Goiás.

Na semana passada, 29 usinas hidrelétricas foram vendidas em leilão e arrecadados R$ 17 bilhões, depositados na conta do ajuste fiscal.

A crise política e o endividamento do país ajudam a explicar a decisão da era petista.

Mas, relatório do Governo Federal, divulgado nesta segunda-feira- conforme mostrou este blog- mostra que a Ceal aplicou menos da metade dos recursos destinados a ela este ano.

O orçamento era de R$ 216 milhões. Somente 41% deste dinheiro saiu dos cofres: pouco mais de 88 milhões.

Apesar dos números, a Ceal superou a média de desempenho do grupo Eletrobrás.

Entre trancos e barrancos, a nossa companhia de luz é o resumo da tragédia da politicagem no setor elétrico brasileiro.

Desde o Governo Sarney, o PMDB mandou e desmandou no Ministério das Minas e Energia.

E a Ceal virou o resumo de escolhas fracassadas dos padrinhos eleitorais.

Um relatório da Controladoria Geral da União, analisando as contas de 2011, descobriu que na Ceal funcionários tinham quatro empregos em cidades- extremos de Alagoas ou em outros estados.

Havia irregularidades em licitações e o segundo pior desempenho do Brasil no setor elétrico, com perdas de até 30% de energia.

Quem faliu a Ceal?

Bem a privatização vai colocar uma pedra em cima do assunto.

E venha pela frente o quê vier…

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