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Ana Cláudia Laurindo: Efeitos da degradação política alagoana

Apesar do avanço no uso da tecnologia aumentar proporcionalmente, a cada dia, muitos ainda não têm acesso aos instrumentos de alcance midiático. Em consequência, vivem em um contexto reduzido, pelo alheamento das informações pertinentes a todos os cidadãos do mundo.

A discussão que se efetiva na Rio + 20, agregando cúpulas de poderosos institucionais e povos, pertencem a cada um de nós.

Qual o seu reflexo em Alagoas?

Quem, neste estado de natureza tão exuberante, quanto agredida, traduz as discussões que mobilizam o mundo, para a nossa gente?

Nosso estado está se tornando, entre outros abusos, um grande “resort” para quem tem dinheiro com força de especular venda de imóveis nas áreas que deveriam ser preservadas. Quem traduz isso para a população?

Os efeitos danosos da exploração secular do solo pela cana-de-açúcar e as queimadas que ainda enfeitam as noites dos canaviais em época de corte, passam como se não existissem, nem provocassem nada para os povos do presente e do futuro. Quem analisa esses fenômenos para informar a sociedade, sobre o que nos aguarda?

A destruição de mangues, poluição dos rios e complexos estuarinos, não aparecem nas fotos que circulam na internet, numa indução fantástica ao louvor à mesma natureza degradada que ninguém, nem instituição alguma defende com vigor.

Estamos cada vez mais isolados, numa incessante condenação à dependência histórica de mentalidades levianas, no trato das questões coletivas de interesse público. Cargos mal ocupados e representantes políticos mal escolhidos, ao longo dos séculos, vai nos tornando uma sociedade em regressão, enquanto o mundo, avança.

A qual ecossistema pertencem nossos elegidos e eleitores?

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