Educação cria guia com orientações para ensino fundamental híbrido na rede

O ensino fundamental na rede municipal de ensino já conta com um planejamento para a volta às aulas no final do mês. Com várias instruções, o documento “Orientações Pedagógicas Para o Retorno Gradativo das Aulas Presenciais no Formato Híbrido” foi confeccionado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) e cria uma base que as instituições de ensino devem seguir no retorno.

Segundo Juliane Medeiros, coordenadora geral do ensino fundamental, os estudantes receberão um planejamento de estudos que complementará as aulas presenciais. “O estudante vai ter uma carga horária em casa, e receberá esse roteiro de estudos planejado pelo professor, com complementações das aulas presenciais. Pode ser um vídeo, uma leitura, um projeto didático”, explica.

A portaria que institui o ensino híbrido determina que as salas de aula podem ter, no máximo, 60% dos alunos de uma determinada turma. Com isso, as séries são divididas em grupos que alternam os dias presenciais. A divisão das turmas deve ser organizada pelas escolas, de acordo com a capacidade de suas salas de aula, de forma a garantir o distanciamento social.

A secretaria planejou uma avaliação diagnóstica, que deve ocorrer na primeira semana de setembro.
Para garantir o aprendizado durante o ensino remoto, a secretaria planejou uma avaliação diagnóstica, que deve ocorrer na primeira semana de setembro. “A avaliação será em Língua Portuguesa e Matemática, para que possamos acompanhar o desenvolvimento desses estudantes. Vamos aplicar agora, nesse início híbrido, e no final do ano letivo. Os professores também farão avaliações próprias, e determinarão se os alunos evoluíram, estagnaram ou regrediram”, detalha a coordenadora Juliane Medeiros.

Com base nessa avaliação, as escolas deverão determinar quais habilidades os estudantes estão mais carentes e criar um planejamento para o desenvolvimento delas. Os conteúdos didáticos também deverão ser escolhidos tendo como base os resultados da avaliação. Segundo o documento, o objetivo é preencher lacunas deixadas no aprendizado dos estudantes no período de aulas remotas.

Educação especial

Os estudantes matriculados na rede e que recebem Atendimento Educacional Especializado (AEE) devem ser atendidos usando os mesmos critérios definidos para os demais, seja no Ensino Fundamental ou na Educação Para Jovens, Adultos e Idosos (Ejai). O ritmo e as estratégias usadas pelos professores, porém, devem se adequar às suas necessidades.

Familiares ainda podem optar por manterem seus filhos no modal remoto. Foto: Luan Oliveira/Ascom Semed
Apesar de a sala de aula seguir os mesmos protocolos, o atendimento nas Salas de Recurso é alvo de um planejamento próprio no guia de orientações. O atendimento será feito uma ou duas vezes por semana, mediante organização e planejamento dos professores, que devem avaliar as necessidades e disponibilidade do aluno.

Os professores da Educação Especial também devem fazer avaliações próprias sobre o desenvolvimento das habilidades do aluno durante o período de aulas remotas, e buscar adequar seu ensino para preencher as lacunas deixadas no período. Nesse momento, a colaboração entre os professores de sala de aula e os do AEE será vital para garantir o desenvolvimento dos estudantes.

Estudantes podem optar pelo remoto

As famílias também podem optar em manter os estudantes do Ensino Fundamental no modal remoto. Nesses casos, ou em casos de alunos com comorbidades, o atendimento pedagógico ainda é garantido. Os estudantes surdos, que fariam uso das salas de recurso, devem ser atendidos, preferencialmente, por videoconferência.

Luan Oliveira (Estagiário)/Ascom Semed

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